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segunda-feira, 30 de maio de 2011

poema de cursinho

Sonho

Hoje quero ser diferente

Eu vou ter meu direito

De sonhar livremente

Mostrarei que começo

A me sentir inteligente

Aprendi a sonhar.

Vou lutar libertar essa gente !

Quero espalhar a verdade

Perfeita como Deus a plantou

Seu mundo não será sonho

Mas a utopia que sonhou

Sua canção será tocada

Fará vibrar a multidão

Cantando :

Paz,

Comida,

Sonho,

Educação.

Ricardo Alcântara de Melo

30/07/2001

tempestades

TEMPESTADES

O coração ou o cérebro são perigosos. As vezes nos deixam alegríssimos com notícias de tempestades na vida dos outros. E sentimentos, que até então tentavámos suprimir, nos movem a içar velas e navegar por águas perigosas que podem ou não nos conduzir a uma nova terra, desconhecida, mas que pode revelar nosso maior sonho de felicidade. A tempestade do outro pode revelar um enorme desejo de libertação.

Ricardo Melo

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A LÓGICA DA FREIRA

Duas Freiras saíram do convento para vender biscoitos.

Uma é a Irmã Maria e a outra é a Irmã Léia.
Irmã Maria - Está ficando escuro e nós ainda estamos longe do convento !!!

Irmã Léia : - Você reparou que um homem está nos seguindo há uma meia hora?

Irmã Maria - Sim, o que será que ele quer?

Irmã Léia : - É lógico! Ele quer nos estuprar.


Irmã Maria - Oh, não! Se continuarmos neste ritmo ele vai nos alcançar, no máximo em15 minutos. O que vamos fazer?
Irmã Léia : - A única coisa Lógica a fazer é andarmos mais rápido!!!

Irmã Maria - Não está funcionando.

Irmã Léia : - Claro que não! Ele fez a única coisa lógica a fazer, ele também começou andar mais rápido.

Irmã Maria - E agora, o que devemos fazer? Ele nos alcançará em 1 minuto!

Irmã Léia : - A única coisa lógica que nos resta fazer, é nos separar! Você vai para aquele lado e eu vou pelo outro. Ele não poderá seguir nós duas, ao mesmo tempo.

Então, o homem decidiu seguir a Irmã Léia.
A Irmã Maria chegou ao convento, preocupada com o que poderia ter acontecido à Irmã Léia.

Passado um bom tempo, eis que chega a Irmã Léia.

Irmã Maria - Irmã Léia !!! Graças a Deus você chegou! Me conte o que aconteceu!!!

Irmã Léia : - Aconteceu o lógico. O homem não podia seguir nós duas ao mesmo tempo, então ele optou por me seguir.

Irmã Maria - Então, o que aconteceu?
Irmã Léia : - O lógico, eu comecei a correr o mais rápido que podia e ele correu o mais rápido que ele podia, também....

Irmã Maria - E então?...

Irmã Léia : - Novamente aconteceu o lógico: ele me alcançou.

Irmã Maria - Oh, meu Deus! O que você fez?

Irmã Léia : - Eu fiz o lógico: levantei meu hábito.

Irmã Maria - Oh, Irmã Léia!!!! E o que o homem fez ?

Irmã Léia : - Ele, também, fez o lógico: abaixou as calças.

Irmã Maria - Oh, não!!!!! O que aconteceu depois?

Irmã Léia : - Não é óbvio, Irmã Maria? Uma freira com o hábito levantado consegue correr muito mais rápido do que um homem com as calças abaixadas !!!!!!!!!!!!!!!!

SE VOCÊ PENSOU EM OUTRO FIM PARA A HISTÓRIA, REZE:

188 AVE-MARIAS e 309 PAI-NOSSOS
E PEÇA A DEUS PARA LIMPAR A SUA MENTE POLUÍDA!

FALTA ALGO AOS JOVENS

Ressaca – Luis Fernando Veríssimo

Hoje, existem pílulas milagrosas, mas eu ainda sou do tempo das grandes ressacas. As bebedeiras de antigamente eram mais dignas, porque você as tomava sabendo que no dia seguinte estaria no inferno. Além de saúde era preciso coragem. As novas gerações não conhecem ressaca, o que talvez explique a falência dos velhos valores. A ressaca era a prova de que a retribuição divina existe e que nenhum prazer ficará sem castigo.
Cada porre era um desafio ao céu e às suas feras. E elas vinham: Náusea, Azia, Dor de Cabeça, Dúvidas Existenciais – golfadas. Hoje, as bebedeiras não têm a mesma grandeza. São inconseqüentes, literalmente. Não é que eu fosse um bêbado, mas me lembro de todos os sábados de minha adolescência como uma luta desigual entre a cuba-libre e o meu instinto de autopreservação. A cuba-libre ganhava sempre. Já dos domingos me lembro de muito pouco, salvo a tontura e o desejo de morte.

Jurava que nunca mais ia beber, mas, antes dos trinta, “nunca mais” dura pouco. Ou então o próximo sábado custava tanto a chegar que parecia mesmo uma eternidade. Não sei o que a cuba-libre fez com meu organismo, mas até hoje quando vejo uma garrafa de rum os dedos do meu pé encolhem.

Tentava-se de tudo para evitar a ressaca. Eu preferia um Alka-Seltzer e duas aspirinas antes de dormir. Mas no estado em que chegava nem sempre conseguia completar a operação. Às vezes dissolvia as aspirinas num copo de água, engolia o Alka-Seltzer e ia borbulhando para a cama, quando encontrava a cama. Mas os métodos variavam.

Por exemplo: Um cálice de azeite antes de começar a beber – O estomago se revoltava, você ficava doente e desistia de beber.Tomar um copo de água entre cada copo de bebida – O difícil era manter a regularidade. A certa altura, você começava a misturar a água com a bebida, e em proporções cada vez menores. Depois, passava a pedir um copo de outra bebida entre cada copo de bebida.

Suco de tomate, limão, molho inglês, sal e pimenta – Para ser tomado no dia seguinte, de jejum. Adicionando vodca ficava um bloody-mary, mas isto era para mais tarde um pouco.
Sumo de uma batata, sementes de girassol e folhas de gelatina verde dissolvidas em querosene – Misturava-se tudo num prato pirex forrado com velhos cartões do sabonete Eucalol. Embebia-se um algodão na testa e deitava-se com os pés da ilha de Páscoa. Ficava-se imóvel durante três dias, no fim dos quais o tempo já teria curado a ressaca de qualquer maneira.
Uma cerveja bem gelada na hora de acordar – Por alguma razão o método mais popular.
Canja – Acreditava-se que uma boa canja de galinha de madrugada resolveria qualquer problema. Era preciso especificar que a canja era para tomar. No entanto, muitos mergulhavam o rosto no prato e tinham de ser socorridos às pressas antes do afogamento.
Minha experiência maior era com a cuba-libre, mas conheço outros tipos de ressaca, pelo menos de ouvir falar. Você sabia que o uísque escocês que tomara na noite anterior era paraguaio quando acordava se sentindo como uma harpa guarani. Quando a bebedeira com uísque falsificado era muito grande, você acordava se sentindo como uma harpa guarani e no depósito de instrumentos da boate Catito’s em Assunção.

A pior ressaca era de gim.

Na manhã seguinte, você não conseguia abrir os dois olhos ao mesmo tempo. Abria um e quando abria o outro, o primeiro se fechava. Ficava com o ouvido tão aguçado que ouvia até os sinos da catedral de São Pedro, em Roma.

Ressaca de martini doce: você ia se levantar da cama e escorria para o chão como óleo. Pior é que você chamava a sua mãe, ela entrava correndo no quarto, escorregava em você e deslocava a bacia.
Ressaca de vinho. Pior era a sede. Você se arrastava até a cozinha, tentava alcançar a garrafa de água e puxava todo o conteúdo da geladeira em cima de você. Era descoberto na manhã seguinte imobilizado por hortigranjeiros e laticínios e mastigando um chuchu para alcançar a umidade. Era deserdado na hora.

Ressaca de cachaça. Você acordava sem saber como, de pé num canto do quarto. Levava meia hora para chegar até a cama porque se esquecera como se caminhava: era pé ante pé ou mão ante mão? Quando conseguia se deitar, tinha a sensação que deixara as duas orelhas e uma clavícula no canto.

Olhava para cima e via que aquela mancha com uma forma vagamente humana no teto finalmente se definira. Era o Peter Pan e estava piscando para você.

Ressaca de licor de ovos. Um dos poucos casos em que a lei brasileira permite a eutanásia.
Ressaca de conhaque. Você acordava lúcido. Tinha, de repente, resposta para todos os enigmas do universo. A chave de tudo estava no seu cérebro. Devia ser por isso que aqueles homenzinhos estavam tentando arrombar a sua caixa craniana. Você sabia que era alucinação, mas por via das dúvidas, quando ouvia falar em dinamite, saltava da cama ligeiro.

Hoje não existe mais isto. As pessoas bebem, bebem e não acontece nada. No dia seguinte estão saudáveis, bem-dispostas e fazem até piadas a respeito.

De vez em quando alguns dos nossos se encontram e se saúdam em silêncio. Somos como veteranos de velhas guerras lembrando os companheiros caídos e o nosso heroísmo anônimo.
Estivemos no inferno e voltamos, inteiros.

Um brinde.

E um Engov.

Luis Fernando Veríssimo

do livro “O Suicida e o Computador”, L&PM Editores, Porto Alegre

terça-feira, 3 de maio de 2011



MINEIRIM NO RIDIJANEIRO

Um mineirim tava no Ridijaneiro, bismado cas praia, pé discarço, sem camisa, caquele carção samba canção, sem cueca pur dibacho.
Os cariocas zombano, contano piada de mineiro. Alheio a tudo, o mineirim olhou pro marzão e num se güentô: correu a toda velocidade e deu um mergúio, deu cambaióta, pegô jacaré e tudo mais.
Quando saiu, o carção de ticido finim tava transparente e grudadim na pele.
Tudu mundo na praia tava oiano pro tamanho do "amigão" que o mineirim tinha.
O bicho ia até pertim do juêio...A turma nunca tinha visto coisa igual. As
muié cum sorrisão, os homi roxo dinveja, só tinham olhos pro bicho.
O mineirim intão percebeu a situação, ficou todo envergonhado e gritou:
-Qui qui foi, uai? Seus bobãom... vão dizê qui quando oceis pula na agua fria, o pintim doceis num incói tamém...?